quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Laboratorio novo. Ou ainda não tão novo...

Primeira semana no laboratório novo e........

Sem realizar nenhum experimento. Ok, é claro, que não ia chegar na primeira semana já fazendo tudo, até porque ainda não tenho minha amostra e justamente estou aqui para aprender metodologias que não sei ainda. Certamente não seria na primeira semana que me deixariam sozinha mexendo nas coisas.

Mas, o problema mesmo foi que cheguei na semana da mudança! Sim, saí do Rio antes das obras no nosso novo lab na UFRJ para chegar na reforma do prédio do Food Science. Ou seja empacotar TUDO para levar para o laboratório temporário para depois voltar com tudo quando o departamento estiver devidamente pronto. Não serão só 1, mas 2 mudanças! Sensacional...

No entanto isso foi bom para ver que os laboratórios do Fundão e de Cornell tem ou não em comum:

Semelhanças:
- Equipamentos e materiais muito velhos. Tudo bem que aqui eles tem dos novos também, mas acho que guardam o velho por sentimentalismo. Pelo menos não precisamos nos sentir mal por um banho-maria enferrujado ou um vortex que tá soltando pedaços da borracha preta...
- Bancadas bagunçadas e com material espalhado (sim, também tem os alunos que acabam e esquecem suas coisas alí por cima)
- Alguns (pelo menos os não chineses) curtem trabalhar com música! uh-huuu
- Amostras congeladas de 1997, 2000, 2002... que foram obviamente jogadas fora na arrumação de terça
- Um espectrofotômetro Beckman!! hahaha tirei até foto (a caixa já era para o empacotamento)


Diferenças:
- Reaproveitamento não existe. Se não é de vidro, usou - joga fora. Nada daquela nossa preocupação em lavar tips, eppendorfs, tubos falcon, pipetas de vidro, com medo de acabar e não termos dinheiro para comprar mais
- Variedade e quantidade: você quer um Erlemeyer? becher? balão de vidro? coluna de GC? de HPLC? Tem vários e de todos os tamanhos e tipos. Reagentes, solventes, padrões? Praticamente um supermercado! Coisa boa hein?! 

Fiquei até com nervoso e com vontade de pegar umas coisinhas dessas que estavam indo pro lixo... mas me dei conta que este era o pensamento UFRJ de "nada se joga fora, tudo se reaproveita" e que pelo menos por estes 9 meses vou poder pensar com a cabeça de Cornell!

2 comentários:

  1. Confesso que não tenho noção do que seja mais de 90% das coisas que falou, mas já deu pra entender que aí tem muita coisa disponível para os alunos e não tem aquele pensamento pobre de "nada se joga fora, tudo se transforma". Show!
    As amostras de 1997 eram de que?
    Medo...

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  2. Não trabalho em laboratório, mas tenho uma irmã e vários amigos que sim, então meio que de tabela sei bem como é isso. É sempre o primeiro (e principal) comentário que fazem quanto a equipamentos e reagentes. Lá fora não é que nem aqui que além de ser tudo escasso e caro, demora lênios pra chegar.
    Aproveita bastante!!! Só cuidado pra não ficar mto mal acostumada, pq quando volta é complicado se readaptar.. hehe

    Tb fiquei mto curiosa pra saber que amostras antigas eram essas... Muito medo.

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